Os Adenomas de Hipófise são tumores benignos da glândula hipófise que representam ao redor de 10% de todos os tumores intracranianos.
Podem se apresentar sob duas formas clínicas :
Tumores Funcionantes: são os que produzem excessos hormonais levando a quadros clínicos específicos. São eles os PROLACTINOMAS (produzes excesso de prolactina), os adenomas produtores de ACTH (levando a Sindrome de Cushing) e os produtores de HGH (levando a acromegalia)
Tumores Não Funcionantes: estes tipos não produzem excessos tumorais, porém causam os sintomas devido ao efeito tumoral que provocam sobre a hipófise em si (levando a diminuição de sua função) ou sobre o nervo óptico (levando a prejuízo da acuidade visual)
O tratamento primário para ambos os casos acima é a cirurgia, sendo que o uso de medicamentos, tais como cabergolida para os casos de prolactinomas, também podem ser usados como terapia inicial.
A Radiocirurugia por Gamma Knife esta reservada para os seguintes casos :
Tumores residuais ou recorrentes, funcionantes ou não, onde está contraindicada nova abordagem cirúrgica.
Tumores residuais ou primários localizados no seio cavernoso (estrutura vizinha a hipófise que é frequentemente invadida pelo tumor)
Tumores recorrentes que já foram irradiados de forma convencional e necessitam de novo tratamento com radiação.
As doses de radiação para os tumores funcionantes e não funcionantes são diferentes, sendo que doses maiores são utilizadas para os tumores funcionantes. Com isso obtemos tanto controle tumoral (crescimento) quanto hormonal.
Uma consideração importante para estes casos esta na relação do tumor com o quiasma óptico. Deve haver uma distância de no mínimo 3 mm entre estas estruturas para que a dose a ser aplicada seja efetiva e ao mesmo tempo não cause dano no nervo óptico.